Era um vez um menino que não amava.
Tudo era cinza, pesado.
Vivia no seu mundo de amigos fantasmas e pequenas realizações.
Tudo á seu jeito, modelado por ele.
Nada fugia do seu controle, nada te consumia paciência.
A paz e a tranqüilidade do seu , ultrapassava todo e qualquer convite do mundo externo.
Não que fosse mais emocionante, nem interessante
Apenas era seu mudo, e essa sensação de posse já era suficiente
Ninguém pra te contrariar, pra te dizer que deveria ser de outra forma.
Um dia o menino cresceu, e deu com a cara no muro da realidade
As paredes do seu, haviam desmoronado.
E aí as coisas foram duplamente duras e inaceitáveis, bem mais que antes.
Teve que aprender a viver fora dos seus domínios,
E o custo bem mais alto.
Hoje ainda sofre e certamente sofrerá um pouco mais:
Pela falta que seu mundo te faz,
E pela impossibilidade de volta ao que era seu.
Sua fuga já não tinha um lugar certo, não existia mais
E acabou em encontrar nas saídas do mundo, a sua própria
E isso te levou pra outro mundo.
Um mundo que não era mais o seu,
Um mundo em que ele não dirigia com suas próprias mãos.
Era um mundo em que ele era dirigido,
Um mundo em que ele já não tinha mais controle,
Ele era do mundo, daquele mundo.
E agora ele se pergunta qual é a saída.
Talvez ele um dia olhe pra dentro de si e volte a encontrar sua realidade, o que é realmente seu.
(G. S)
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